sábado, 31 de dezembro de 2011

Medo do Escuro...Iron Maden


Medo do escuro, medo do escuro
Eu tenho um medo constante de que algo está sempre perto
Medo do escuro, medo do escuro
Eu tenho uma fobia de que alguém está ali
Você já correu seus dedos pela parede
E sentiu a pele de sua nuca arrepiar
Quando estava procurando a luz?
Algumas vezes quando você está com medo de olhar
No canto da sala
Você sente que alguma coisa está observando você
Você alguma vez já esteve sozinho a noite
Pensou ouvir passos atrás de você
E quando virou de costas, não havia ninguém lá?
E a medida que você acelera seu passo
Você acha difícil olhar novamente
Porque você tem certeza de que alguém está ali
Assistindo filmes de terror na noite anterior
Debatendo sobre bruxas e folclore
Os problemas desconhecidos na sua mente
Talvez sua mente esteja pregando truques
Você sente, e subitamente seus olhos fixam
Nas sombras dançantes de trás de você

A Aparição...Iron Maden

Agora estou aqui você pode me ver?
Porque estou por minha conta
Quando o quarto fica frio diga-me
Que pode sentir-me
Pois estou aqui

Aqui estou, pode me ver?
Atravessando no meu caminho
Para um lugar onde já estive apenas em meus
Sonhos...antes

Em um mundo de desilusão
Nunca vire as costas a um amigo
Pois você pode contar seus
Verdadeiros amigos em uma mão...

Em toda vida

Existem aqueles que te iludem
Existem aqueles que te levarão para baixo
Existe alguém lá fora que
Morreria por você...
Não acho

Viva sua vida com paixão
Tudo que fizer faça bem feito
Você só leva da vida o que semeou...
Assim eles dizem

Em um mundo de confusão
Pessoas nunca falam o que querem dizer
Se você quer uma resposta exata
Vá procurar uma...
Agora mesmo

Em uma sala cheia de estranhos
Você fica de costas para a parede
Algumas vezes você sente como se estivesse
De fora...
Olhando para dentro?

Você pode fazer sua própria sorte
Você cria seu destino
Eu acredito que você tem a força
Se quiser...
Isto é verdade

Você pode fazer o que quiser
Se tentar com um pouco mais de empenho
Um pouquinho de fé adianta muito...
Adianta

Estamos aqui por uma razão?
Eu gostaria de saber exatamente o que você pensa
Seria legal saber o que
Acontece quando nós morremos...
Não seria?

Existem alguns que são sábios
Existem alguns que nascem ingênuos
Eu acredito que há alguns que devem
Ter vivido antes...
Você não acredita?

Por mim, eu vou pensando
Você precisa manter uma mente aberta
Espero não ser minha vida uma
Caixa aberta e fechada

Percepção extra sensorial
Vida após morte, telepatia
Poderá a alma viver e viajar
Através do espaço e tempo?

Você sabe que me sinto tão excitado
Porque estou prestes a descobrir
E quando eu souber todas as respostas
Talvez então eu volte...
Para te contar

Não fique alarmado agora
Se eu tentar contactar com você
Se coisas se perderem ou se moverem...
sou eu
E não duvide disto
Não importa o que seus "amigos"
Possam digam
Nós nos veremos novamente em algum lugar
De alguma forma
Um dia

Ilha de Avalon...Iron Maden

Eu posso ouvi-los flutuando no vento
Suas almas imortais chorando me entristece
Mãe terra você sabe que seu tempo está próximo
Despertar cobiça a semente é semeada e colhida

Através da ilha ocidental ouço o acordar dos mortos
Subindo lentamente pelas cortinas de Avalon
O caldeirão da cabeça Annwyn atado com inveja
Escuridão em torno de sua borda com pérola e destino

Todos os meus dias eu espero o sinal
Aquele que me trará mais perto da Ilha de Avalon
Eu posso sentir o poder fluindo pelas minhas veias
Meu coração está batendo mais forte, perto de Avalon

Eu posso ouvir você, você pode me ouvir?
Eu posso sentir você, você não pode me sentir?
Fertilidade da Deusa Mãe
Comemoração, plantar as sementes dos nascidos
O fruto do seu corpo carregado
Através da boneca de milho
Você vai rezar para todos eles

A imagem da Deusa Mãe
Adormecidos, nos olhos dos mortos
O feixe do milho é quebrado
Fim da colheita
Jogue os mortos da pira

Eu escuto ela chorando lágrimas de um anjo
As vozes que ouço na minha cabeça
Abençoados os frutos são o milho da terra
Mãe da terra, santo sangue dos mortos

Mãe terra, eu posso ouvir você
Sacrifício, agora unidos

Aumento dos níveis de maré lagos protegê-los
Guardiões da Deusa no submundo
Fixação de poderes místicos, profundamente
Dezenove donzelas, guardiões do outro mundo
Conflito mortal nasceu da lenda celta
Que, além de sete anos, não voltou de Avalon

Mãe terra, eu posso sentir você
Meu renascimento já completo

Fertilidade da deusa-mãe
Comemoração, plantar as sementes dos nascidos
Os frutos de seu corpo carregado
Através da boneca de milho
Você vai rezar para todos eles
A imagem da deusa mãe
Adormecidos, nos olhos dos mortos
O feixe do milho é quebrado
Fim da safra, lançar os mortos sobre a pira

Para ter a crença dos outros
Olhando para a ilha para
Mostre-lhes um sinal
Fertilidade de todas as mães
Ficou em silêncio
Esperando agora por sua vez

A porta de entrada para Avalon
A ilha onde as almas
Dos mortos renascem
Trouxe aqui para morrer e ser
Transferida para a terra
E, em seguida, para o renascimento

Eu escuto ela chorando lágrimas de um Anjo
As vozes que ouço na minha cabeça
Abençoados os frutos são o milho da terra
Mãe terra, santo sangue dos mortos

As águas dos rios e riachos sobem rápido
Estão fluindo e inundando a terra
O mar deverá voltar mais uma vez apenas para escondê-los
Almas perdidas na ilha dos mortos

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Afinidade

A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil, delicado e penetrante dos sentimentos. 
É o mais independente. 
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos, as distâncias, as impossibilidades. 
Quando há afinidade, qualquer reencontro retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto no exato ponto em que foi interrompido. 
Afinidade é não haver tempo mediando a vida. 
É uma vitória do adivinhado sobre o real. 
Do subjetivo para o objetivo. 
Do permanente sobre o passageiro. 
Do básico sobre o superficial. 
Ter afinidade é muito raro. 
Mas quando existe não precisa de códigos verbais para se manifestar. 
Existia antes do conhecimento, irradia durante e permanece depois que as pessoas deixaram de estar juntas. 
O que você tem dificuldade de expressar a um não afim, sai simples e claro diante de alguém com quem você tem afinidade. 
Afinidade é ficar longe pensando parecido a respeito dos mesmos fatos que impressionam, comovem ou mobilizam. 
É ficar conversando sem trocar palavras. 
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento. 
Afinidade é sentir com. 
Nem sentir contra, nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo. 
Quanta gente ama loucamente, mas sente contra o ser amado. 
Quantos amam e sentem para o ser amado, não para eles próprios. 
Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo. 
É olhar e perceber. 
É mais calar do que falar, ou, quando é falar, jamais explicar: apenas afirmar. 
Afinidade é jamais sentir por. 
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo. 
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar. 
Compreende sem ocupar o lugar do outro. 
Aceita para poder questionar. 
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar. 
Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças. 
É conversar no silêncio, tanto nas possibilidades exercidas quanto das impossibilidade vividas. Afinidade é retomar a relação no ponto em que parou sem lamentar o tempo de separação. Porque tempo e separação nunca existiram. 
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida, para que a maturação comum pudesse se dar. 
E para que cada pessoa pudesse e possa ser, cada vez mais a expressão do outro sob a forma ampliada do eu individual aprimorado.



Falando de Amor
Artur da Távola





segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

REQUIEN DA MINHA MÃE



REQUIEN DA MINHA MÃE



Ela não mais agonizava
dormia profundo como gostava
tentei ver se os olhos ela abria
Ver se ainda respirava mas calma dormia
Chamei teu nome...MÃE!!
Ela não me escutava
Eu que nunca fui de pedir tanto
que um anjo surgisse à minha frente
Mas no lugar do anjo apareceu
uma garota de branco solenemente
que bateu de leve no meu ombro e disse:
que era questão de horas...poucas horas...

(e se eu parasse todos os relógios do mundo?)

Desci para fumar um cigarro...repeti comigo
Questão de horas...poucas horas...
não derramei uma só lágrima!
porque mulheres fortes não choram!
No bar da esquina do hospital
pedi uma um cafe forte e acendi mais um cigarro...
Coisa que minha mãe de fazer gostava...
Gosto esse que me persegue desde a mocidade
Pensei...questão de horas...poucas horas...

Tomei a bebida quente de um gole só
Lembrei de coisas da minha infância
de repente me via menina de novo
de franja e emburrada
as idas e vindas da escola
pequena e amuada
a menina que na sacola
guardava suas fadas...

Voltei-me mulher outra vez
olhei para a rua a pressa dos carros
e das pessoas a pé e nenhuma lágrima
e aquele rosto dela de cera
dentro dos meus olhos ela me fitava
aqueles olhos que em vão tentei abrir
Sabe...não derramei uma lágrima
Afinal mulheres fortes não choram

Quando entrei naquela sala fria
já não era mais questão de horas
Implorei novamente por um anjo
mas o anjo não veio...ele subia...
naquela hora eu queria ser gente grande
e não a menina de franja e emburrada
agora para sempre desamparada
Mas sabe mãe... não derramei uma lágrima!

Viviane Lima

Em homenagem a Jane F.Pires
Falecida em 16/12/2011